17 de set. de 2010

Papo de Paraense!



*Só sendo paraense pra entender o texto!*

Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatás.

Tava numa murrinha, mas criei coragem, peguei o sacrabala e fui.

Chequei tarde só tinha peixe dispré. O maninho que estava vendendo

tinha uma teba de orelha do tamanho dum bonde. O gala-seca espirrou em

cima do tamatá do moço que tinha acabado de comprar, e no meu tembéim.

Ficou tudo cheio de bustela...Axiiiiiii, porcaria! Não é potoca, não.

O dono do tamatá muquiou o orelha-de-nós-todos, mas malinou mesmo.

Saí dalí e fui comer uma unha. Escolhi uma porruda! Égua, quase levei

o farelo depois. Me deu um piriri. Também...perece leso, comprar unha

no veropa. Comprei uns mexilhões, um cupu e um pirarucu, mto

fiiiiiirme, mas um pouco pitiú.

Fui pra parada esperar o busão. Lá tinha duas pipira varejeira fazendo

graça. Eu pensando com meus botões...ÊEEEE, ela já quer... Mas, veio

um Paar-Ceasa sequinho e elas entraram...Fiquei na roça, levei o

farelo. O sacrabala veio cheio e ainda começou a cair um toró,

égua-muleke-tédoidé, pense num bonde lotado. Eu disse: éguaaaaaaaa,

voimbora logo.

No sacrabala lotado, com o vidro fechado por causa da chuva, começa

aquele calor muito palha. Uma velha estava quase despombalecendo. Daí

o velho que tava com ela gritava arreda aí menino pra senhora sentar

aí do teu lado. O menino falou: Hmm, táááááá cheirooooso..

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